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8.4.11

pausa pro suco ...

“assim, bem Polaroide”

Se teve uma coisa que a vida me ensinou foi descobrir as facetas da amizade. Os exemplos dela, as diversas formas. Ela vive, ela solidifica, ela permanece, ela acaba, mas não do modo acabar como se sobe créditos de filmes, do modo acabar, como colocar em um lugar reservado para ser lembrado como algo bom, sem tocá-la. Somos um mundo, ficou combinado assim desde o primeiro olhar. Mas foi uma contagem regressiva, uma curva com final que no fundo dava pra saber. Tão só naquele tempo, que nem pode ser considerado tempo, visto que uma contagem regressiva não pode ser considerada como avanço, é só um espaço – o único espaço, que fez a realidade entender que é a realidade que vale. Amizade. Ruptura inteligente, mais paira uma Síndrome de Estocolmo em modo mini. Doeu por educação. E não mais incomoda os déjá-vus diários e as olhadas em horários repetidos. Como acontece nas desgastadas Polaroides, o tempo, apenas distraí.

Assim...
Muito bem agora, já vou lá...
Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
Acabou.

Milene Guerra

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