algumas prosas, jornalismo, política, publicidade ...

4.5.11

Fotografias de Cary Wasserman, aí sim ...

E o Instituto Moreira Salles de Poços de Caldas apresenta, a partir de 7 de maio, às 20h, a exposição Cary Wasserman - Fotografias, com 50 imagens produzidas pelo artista nas últimas quatro décadas.

A mostra, instalada no espaço expositivo do Chalé Cristiano Osório, apresenta imagens do vasto acervo de Cary Wasserman, com ângulos inusitados sobre o cotidiano, que evidenciam a questão do provisório como uma característica que permeia diferentes momentos da obra do artista.

Cary Wasserman nasceu em 1939 em Los Angeles, onde morou até completar seu mestrado em literatura inglesa na Universidade da Califórnia, em 1963. Desenvolveu, a partir de então, estudos relacionados à arte e educação, história da arte e música.

Data de 1964 seu primeiro ensaio fotográfico, quando registrou sua cidade e experimentou o potencial do meio como forma de investigação estética e tecnológica. Sob a influência da fotografia europeia, especialmente de Henri Cartier-Bresson, realizou uma série de imagens de rua que se distinguem pelo uso expressivo da cor, fato inusitado na época, quando a fotografia de pretensões artísticas era predominantemente em preto e branco

Em 1966, transferiu-se para a Universidade de Indiana, onde, sob a orientação do fotógrafo Henry Holmes Smith, que trabalhou com o artista húngaro Laszlò Moholy-Nagy, Wasserman desenvolveu o que seria sua maior contribuição: um amplo estudo sobre a cor na fotografia, sua permanência, o uso de diferentes processos de revelação, colorização, exposição múltipla de negativos etc.

Embora a cor seja um elemento que usualmente contribui para o realismo fotográfico, no trabalho de Cary Wasserman, ela transforma e transcende as aparências.

Assumindo que a arte emerge da interação entre liberdade de expressão e escolhas estéticas, ele encontrou na fotografia um vasto campo de experimentação.

Nas décadas de 1970 e 1980, ele trabalhou com imagens instantâneas realizadas com uma câmera Polaroid SX70, em cujo processo interferia para obter efeitos de difusão em certas áreas da imagem.

Com esse método, produziu longas séries sobre Nova York, Boston, Paris, Los Angeles, nas quais o efeito de difusão aproxima a fotografia da pintura, dando às imagens um caráter tanto evocativo quanto iconográfico.

Cary Wasserman reside atualmente em Poços de Caldas, para onde se transferiu há alguns anos com sua família. Fotografa continuamente a cidade, na tentativa de registrar as mudanças que o desenvolvimento acelerado provoca.

Um comentário:

  1. Transformando ordinário em extraordinário, exposição “Cary Wasserman: Fotografias” é atração da Galeria de Arte do Clube Hebraica, Rua Hungria, 1000 - Jardim Paulistano - São Paulo, com abertura em 03 de dezembro de 2011, sábado, de 12 às 15 h, apresentando fotografias das cidades de Boston, Nova York, Paris e Poços de Caldas.
    Entrada franca

    ResponderExcluir