“Se as mulheres são a metade do eleitorado, porque não elegem a metade dos cargos em disputa? Por que mulher não vota em mulher?”
É uma pergunta simples e singela, mas que não tem uma resposta de mesma natureza. O mundo da política demorou para aceitar as mulheres. Antes tidas como incapazes de discernir, pensar e, logo, decidir através do voto até a década de 30. Proibidas de votar. Isso faz menos de cem anos, o que não é nada em relação à história. Para fazer com que o mundo da mulher e o da política convirjam, não será um processo fácil e rápido. De votar, a ser votada, há uma imensa distância. Não se acaba com um processo milenar de discriminação de uma hora para outra. É preciso muita vontade e determinação. Outro fator importante é termos mulheres ocupando cargos de destaque decorrentes do processo político. Vereadoras, deputadas, senadoras, prefeitas, governadora, presidenta da República. Isso serve de estímulo a outras mulheres, mostrando que temos capacidade de atuar nesse mundo tanto quanto atuamos na iniciativa privada, na esfera social.
Fazer política para construir, agregar, valorizar e acima de tudo, estar no poder para servir.
Milene Guerra
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