algumas prosas, jornalismo, política, publicidade ...

8.4.11

pausa pro suco ...

meios, formas ...


E se a vida fosse uma propaganda de margarina?
Ou cerveja...
Ou...

Na propaganda tem sempre um largo sorriso, amores bem solucionados, alegria. Vamos lá, vida real. Me perdoem por detonar essa idéia de família feliz, de amores resolvidos e entregar somente “margarina” – que até pode fazer bem ao coração – mas fisiologicamente, nunca emocionalmente.

Não, a vida também não é uma propaganda de Gillette Sensor, “eles”, os atores dessa propaganda não existem. Não chega via sedex um kit para se tornar um macho alfa em apenas 10 dias. Incluindo 25 técnicas infalíveis para se conquistar todas as mulheres possíveis e um guia de linguagem corporal. Foi-se junto com o Ayrton Senna o tempo em que ser homem se resumia em, ser homem, ora pombas.

Não somos propaganda...

Quem dera se pudéssemos viver de imaginação, falar tudo que queremos com pompas, cenários e estrelinhas caindo. Quem dera nascermos na época das cavernas. Nos primórdios era bem mais fácil. Não era preciso decidir entre fazer ou não um sinal de fumaça pra convidar quem você quer para comer um javali, sair de mãos dadas para ver dinossauros ou fotos do Big Bang. Nem essa coisa complicada (complicadíssima) de “eu te amo” existia, só uns "uga-uga" com raras variações.

Não, a vida não é uma propaganda de automóvel. Onde o vento na cara e a cara ao vento demonstra a paz interior e o prestígio de dirigir rumo à felicidade. Na vida o sinal vermelho e o limite tá claro, e aí de mim se ultrapassar.


Definitivamente, a vida não é uma propaganda de margarina !
A vida não é ...
Não é propaganda !
E nem margarina !

Milene Guerra

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